Para recordar VIII! :)
“-Adoro este autor!” – Pousou o livro e sorriu. “-As suas descrições são tão boas que nos obrigam a sentir tudo pelo que as suas personagens passam. E é maravilhoso sentir o amor, sentir a paixão, sentir o medo, sentir a raiva, sentir o desejo…” – Abraçou o livro.
Frederico olhou-a com amor. Há quanto tempo se sentia assim? Tempo demais para saber que estava perdido de amores por Anabela.
“-Parece que te estás a sentir muito bem com o que leste!”
“-Muito bem mesmo! É um romance onde os dois protagonistas se amam perdidamente mas recusam-se a aceitar o que sentem! Ou a admitir!”
“-Às vezes é difícil aceitar o que estamos a sentir! E confessar ao outro é ainda pior.” – Olhou-a com ternura e teve uma vontade enorme de sentir o calor da sua mão junto da sua.
“-Eu sei… mas isso acontece porque temos medo de uma recusa. E levar um não do outro é como mergulhar numa banheira cheia de cubos de gelo!”
“-E sentir o frio e sentir arrepios até na alma!” – Deu uma gargalhada. “-Acreditas no amor e em tudo o que ele nos faz sentir e nas loucuras que nos faz fazer e dizer…”
“-Oh, acredito! Claro que acredito!”
Frederico ganhou coragem e pegou -lhe na mão. Sentir o seu calor foi como chegar ao céu.
“-Consegues sentir?” – Sussurrou.
Anabela fechou os olhos. A brisa soprava suave, o cheiro da primavera chegava até ela fazendo-a sentir-se mais leve mais suave mais apaixonada. Abriu os olhos e fixou o seu olhar no dele.
“-É amor, não é?”
“-Se estás a sentir um formigueiro enorme no corpo e uma vontade enorme de me beijar… Sim é amor!” – Sorriu.
“-Que seja, então!” – E aproximando-se dele beijou-o apaixonadamente, sentindo o seu coração disparar!