dizem que as cartas de amor estão fora de moda! Mas quererá isso dizer que o amor também está? Não acredito!
Sabes todas aquelas palavras que nos ficam entaladas na garganta e custam a sair? Ou todas aquelas palavras que temos medo que alguém as ouça por acharmos que são ridículas? São essas mesmas palavras que vou aqui imortalizar!
Por vezes tenho medo que tudo isto seja um devaneio de uma pobre louca de amor. Mas depois olho para tudo aquilo que já vivemos e no meu rosto rasga-se um sorriso do tamanho do mundo e capaz de iluminar toda uma cidade! Dizem que é um dos sintomas do amor! E eu acredito...
A respiração torna-se ofegante, tudo aos meus olhos é uma miríade de cores! Cores suaves mas que intensificam todos os meus sentidos! Amor! Dizem que é um dos sintomas do amor! E eu acredito...
Todas as músicas me fazem lembrar de ti! Pior, todas as músicas foram escritas para nós! Dizem que é um dos sintomas do amor! Tenho mesmo que acreditar!
Todos os minutos que passo contigo são poucos, e passam tão depressa! Dizem que é assim quando se ama! Uma hora parece um minuto mas um sorriso parece a eternidade!
Meu anjo, o teu olhar diz-me tanto! Sossega os meus medos e acalma as minhas ansiedades! A tua mão na minha aquece-me a alma e faz promessas silenciosas que sei que cumprirás.
Amo-te! Por muito ridículo que esta palavra possa parecer, amo-te! E por mais ridículas que sejam as cartas de amor, vou escrever-te sempre uma! Sei que ficarás deliciado a lê-la, sei que irás esboçar um sorriso ao ler as minhas palavras. Sei que fecharás os olhos e inalarás o odor suave do papel. Sei que te lembrarás dos nossos beijos e de todas as juras que fizemos por amor! Sei que te lembrarás de todas as tardes passadas enroscados no sofá, de todos os nossos suspiros! Sei que terás vontade de fazer amor comigo! E acredita meu amor, será recíproco!
Amo-te! Amo-te e quero a eternidade contigo!
Sabes, dizem que o amor nos obriga a fazer coisas ridículas. E eu acredito! Como daquela vez que dançámos à chuva! Só dois loucos de amor o fariam!
Um dia vamos sentar-nos num banco de jardim, teremos 80 anos, 60 de vida em comum! E vamos rir de tantas lamechices que fizemos e dissemos. Vamos contar a história aos nossos bisnetos, e eles vão rir! Vão rir porque já ninguém escreve cartas de amor! Vão rir, porque já ninguém diz 'amo-te'! Mas tenho a certeza que vão ficar muito orgulhosos de nós! Porque a nossa história será a deles também!
Meu anjo, já ninguém escreve cartas de amor! Mas as palavras escritas têm um poder tão forte! Duram uma eternidade! E agora ao imaginar o teu sorriso esboço um também! Sei que me amas. Sei que farás tudo por mim! Sei que a eternidade é nossa! E mesmo que um dia atravessemos dias de tempestade onde coisas menos boas serão ditas pela mesma boca que diz amo-te, não importa! Não importa porque logo a seguir a paz regressará à nossa mente! O sorriso será mais tímido, mas o ‘amo-te’ e o ‘desculpa’ virão logo a seguir! Daremos as mãos e a caminhada continuará lado a lado!
Meu anjo, fica com estas tão simples palavras. Sinceras! De amor! De muita gratidão! E lembra-te que o amor move montanhas e desvia rios.
Amo-te e quero que tenhas uma certeza – esta será a primeira de muitas cartas de amor!