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Marta Velha - Writer

Marta Velha - Writer

Paixão Alucinante! :)

16.09.23, Marta Velha

Livro 'Paixão alucinante'

 
...
-Espero que na sexta-feira à noite não tenhas nada para fazer! – Carmen tinha a mania de falar sem parar, sem olhar quem estava na sua frente. Normalmente não pedia nada. Ordenava.
...
-Anh por acaso acho que não. Mas porquê?
-Óptimo, óptimo, óptimo! Vais a um jantar com o Guilherme! – Ordenou.
-Desculpe!? Jantar? Eu? O Guilherme? Não estou a perceber!! – E deixou-se sentar na cadeira em frente à directora como se fosse um peso morto.
-Sim sim sim. Infelizmente esqueci-me de uma outra reunião que tinha e logo por azar marcaram as duas reuniões com jantar, que são ambas importantíssimas, para o mesmo dia apenas com meia hora de diferença! Fiquei danadíssima! Mas resolvi mandar-te a ti! – Sorriu e colocou uma cara tão serena como se estivesse a falar do tempo e não de algo tão importante.
-Sim ok até consigo perceber o facto de eu ir. Mas e o Guilherme?
-Oh vê tu bem que o Mário, que é com quem vais falar, é um mulherengo de primeira! E ainda bem, mas para mim!! – Colocou um sorriso parvo na cara. -Se fores sozinha descasca-te como se fosses uma banana e come-te! Metaforicamente, mas come!
 
...
 
Lara ficou com a perfeita noção que Matilde seria a única criança cujo sonho não mudaria. Mais do que um sonho era um desejo. Um direito como criança.
-Tenho a certeza que o teu papá irá realizar esse teu sonho!
-Eu sei. O papá é lindo como o príncipe encantado, tem o coração mais doce que o chocolate mas a sua rainha tem que amar muito, muito, muito a sua pequena princesa!! – Juntou as mãos no peito.
-Oh minha querida, tenho a certeza que essa rainha irá amar-te mesmo muito! És um doce! – Lara abraçou a pequena e sussurrou-lhe ao ouvido: -Ajudas-me com os presentes?
-Sim!! – Disse dando pulinhos de felicidade.
 

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Paixão Alucinante! :)

15.09.23, Marta Velha

 

Livro 'Paixão alucinante'
 
 
-Oh mana! Fico feliz por ti. – Esboçou um sorriso triste, não queria que a irmã se apercebesse. Não agora.
-Mas há mais!! Muito mais!! – E toda entusiasmada estendeu a mão.
Lara pegou na mão da irmã, deu um sorriso de orelha a orelha. -Vão casar!!
Raquel esbugalhou os olhos. Puxou a mão de repente. Olhou para a irmã quase a chorar.
-Desculpa!! Desculpa Lara! Estava tão contente, queria tanto contar-te…mas só agora me lembrei! – Levou a mão à boca. Queria conter-se.
-Mas tu estás a falar de quê?
-Ai Lara! Lembrei-me da promessa que fizemos!!
Lara tentava que na sua mente passassem, tal como um filme, todas as promessas que ambas tinham feito. Como gémeas sempre foram bastante cúmplices e promessas foi coisa que nunca faltou ao longo da sua vida. Com a irmã naquele estado não conseguia lembrar-se de nenhuma.
-Prometemos casar no mesmo dia!!
 
...
 
-Da última vez fiquei com o cabelo azul! Desta vez quero mais juízo se faz favor!!
Lara sentou-se em frente ao seu computador, pensava na conversa que acabara de ter com a irmã. Sabia bem ao que a avó se tinha referido mas jamais o contaria a Raquel. Tinha feito essa promessa a si mesma e a Abel.
Estava tão distraída que nem reparou que Guilherme já estava a seu lado há algum tempo.
-Cinquenta cêntimos pelos teus pensamentos.
-Anh? – Assustou-se, fechou os olhos para tentar assimilar o que tinha ouvido. “-Muito pouco para saberes tanto!” – E sorriu.
-A directora pediu para que te viesse chamar. Deves ter o intercomunicador desligado.
-Vou já. Obrigada. – Olhou-o nos olhos e sorriu.
 

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Paixão Alucinante! :)

14.09.23, Marta Velha

Do livro 'Paixão Alucinante'

-E tu Raquel! Tens que parar de implicar com quem passa por ti! Ele é um homem bom, culto, carinhoso. Traz felicidade com ele…

-Está a falar do Abel, certo? – Inquiriu em tom irónico.
-Não!! Estou a falar do que deixou cair o café!! Ele é um bom homem. – Olhou-a fixamente. -Agora vai para casa. Fala com o Abel poderás ter uma surpresa. Nada é o que parece. Nada!! – E levou a chávena à boca bebendo do seu chá, sempre com um sorriso nos lábios.
E fazendo silêncio começaram a lanchar. As gémeas estavam mais uma vez impressionadas com as conversas futuristas da avó. Entreolharam-se em silêncio. Nem sempre fora fácil aceitar o dom da avó. Mas já dera provas de que era verdadeiro e não apenas mera coincidência do destino. A avó Mila cedo as fez entender que tinha visões ou premonições. Custou a aceitar mas com o tempo acabaram por se habituar. Tiveram a certeza que o dom era verdadeiro na madrugada em que a avó as acordou a dizer que sonhara com a morte e com os pais delas. Tinha sido algo mau, terrível. Horas mais tarde receberam a trágica notícia. Se dúvidas havia, dissiparam-se todas nessa noite.
As irmãs pensavam no peso daquelas palavras. Nas suas mentes algumas palavras soltas tornavam-se perturbadoras.
 
...
 
-Raquel não tenho outra. Apenas… – Sentou-se na cama, levou as mãos à cabeça. Sentia-se incomodado. -Desculpa, deveria ter-te contado há mais tempo, mas as coisas aconteceram de repente e…e eu não soube como reagir. – Gaguejava com a atrapalhação.
Raquel começou a chorar, acabara de ouvir a confissão de Abel.
-E agora?? Esperas que te perdoe, é isso??
-Raquel não é isso…– Respirou fundo. -Não há outra…nunca houve. Ok…tem a ver com o trabalho.
-Não subestimes a minha inteligência!! Essa desculpa é mais velha que a Sé de Braga…
-Raquel…estamos juntos há seis anos. Há cerca de umas semanas pensei em… – Fez uma pausa e abriu a gaveta, vasculhou lá dentro e tirou uma pequena caixinha. …pensei em pedir-te em casamento mas por razões de trabalho, que ainda não te contei, ainda não o fiz. – Abriu a pequena caixinha deixando antever um anel de brilhantes muito bonito.
 
 

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Para recordar! 4 estações! :)

14.09.23, Marta Velha

Já é Verão! Sei que é… Sinto o calor, ouço a brisa suave lá fora. As crianças riem e sei que correm! Abre a janela por favor! Quero ter o prazer de olhar lá para fora! Que maravilha é fechar os olhos e sentir os raios de sol no meu rosto. Já vais embora? Fica mais um pouco, por favor!
Olho para o teu rosto e hoje pareces-me tão triste. Não sei se fiz alguma coisa que te magoou. Tenho vergonha de te perguntar. Não sei qual será a tua resposta. Olhas-me triste, dás-me um beijo e partes. Vou ficar aqui com aquelas antipáticas! Eu nem me lembro do nome delas! Argh! Que raio de emprego este! Devia-te ter dito que odiava este trabalho. Talvez assim não me olhasses com esses olhos. Talvez assim me percebesses! Não importa. Vou ficar a olhar pela janela. Gosto de ver as crianças a brincar! Gosto de ouvir as suas gargalhadas! Gosto do cheiro do Verão! Ah e gosto dos raios de sol no meu rosto.
Não sei se alguma vez te disse que adoro as visitas que me fazes! Ah e aquele livro que estavas a ler? Despertou-me curiosidade. Não me lembro se to pedi emprestado. Sei que estivemos horas a falar daquelas personagens. O par romântico quase que me fez chorar. Falaste com tanto entusiasmo da rapariga! Na altura quase que senti ciúmes mas depois apercebi-me que nós também temos uma bonita história de amor! Adoro quando me sorris! Ah e o som da tua gargalhada? Meu Deus! Arrepio-me só de pensar nela! Mas por falar nisso, já não te ouço a gargalhar há muito tempo! Que se passa contigo Frederico? Já foste embora mas ainda sinto o calor das tuas caricias no meu rosto. Ainda sinto o beijo suave que me deste. Nunca foste de muitas palavras. Sempre foste de actos! E é isso que me faz amar-te. Estás com problemas no trabalho? Queria tanto ajudar-te. Mas como o posso fazer se nem eu gosto do que faço?
Não faz mal! Prometo que amanhã quando vieres que te farei rir! Vou lembrar-me das parvoeiras que estas minhas colegas antipáticas fazem! Vou contar-te tudo! Tenho a certeza que vais soltar uma gargalhada! Ah e vamos falar de livros! De histórias românticas! Ou talvez daquele livro de terror que sempre tive medo de ler! Não interessa! Interessa que vamos falar, falar e dar uma gargalhada! Vou dizer que te amo. Há tanto tempo que não o digo! E isso envergonha-me. Humm, acho que sonhei! Mas no outro dia tive a sensação que me sussurraste ao ouvido essa palavra maravilhosa que diz tanto!
O tempo anda a passar tão rapidamente! Acreditas que não me lembro da última vez que saímos juntos? Foi há quanto tempo? Oh, estás a ler desculpa! Adoro quando me olhas com esse olhar apaixonado. Fico tão derretida! Mas vá, continua a ler. Não te quero interromper. Ah e se fossemos aquele restaurante japonês? Adoramos partilhar o sushi! E quando comemos com aqueles maravilhosos pauzinhos? Lembras-te da primeira vez que o fizemos? Ah a tua gargalhada outra vez! Oh Frederico é tão bom ver-te a sorrir! Amo-te, amo-te, amo-te! E não estivesses tu tão entretido na leitura dava-te um abraço! Podia ficar assim horas! Abraçada a ti, sentir o teu calor! Sei o que farias. Ias ajeitar-me o cabelo! Ias sorrir para mim! Ias mordiscar-me a orelha! E a seguir ias beijar-me como só tu sabes fazer! As tuas mãos iam passear pelas minhas costas! Ah, é tão bom amar-te e saber que também me amas! Mas estás a ler! Olha lá, não era melhor fechar a janela? Ainda ontem era Verão e já estamos no Outono. Já não há tantas crianças lá fora! Mas eu andei lá fora a brincar com elas! Nem te contei! Andei a correr entre as folhas amarelecidas! Ouvi-las a estalar debaixo dos meus pés foi maravilhoso! E o vento a bater-me no rosto foi tão libertador! Parece-me que me libertei de tudo que era mau! Adoro as crianças! Acho que nunca falámos disto, mas o que achas de termos um filho? Oh, vá lá! Não me olhes com essa cara! Eu sei que não é assunto que se tenha enquanto estás a ler! Desculpa! Pronto, prometo que vou ficar calada enquanto lês!

Mas que frio! Eu bem que esfrego os braços, mas o frio parece que me penetra nos ossos! Este casaco que me ofereceste é maravilhoso. Não me lembro muito bem qual foi a ocasião em que mo deste, mas isso não importa. Estás mais magro! Que se passa Frederico? Estás aqui a agarrar a minha mão, a acariciá-la mas tão calado! Está tudo bem contigo? Eu compreendo meu amor, a sério que sim! Também tenho uma colega que me faz a vida num inferno! É a Madalena! Não te contei? Oh meu Deus! É má! É mesquinha! Finge-se minha amiga mas lá no fundo sei que me quer lixar a vida! Enfim! Já não lhe ligo! E quando vem aqui ter comigo ignoro-a! Entra muda sai calada mas eu faço igual! Irrita-me pessoas como ela! Mas não vamos falar de coisas que me irritam. Vamos falar daquela viagem que queríamos fazer por esta altura. Já viste como o tempo passa rápido! Falta um mês para o Natal! Oh meu Deus! Ando a pensar nas prendas que irei comprar. Nunca sei o que comprar! E depois ando numa correria de última hora! Mas é divertido! Ah estás a sorrir! Diz-me que também te lembraste daquela camisola com a cara de rena que te comprei? Oh claro que te lembraste!! Amo-te!
Desculpa, mas vou até à janela. Está a chover! E sabes bem como adoro ver a chuva a cair! O vento a fustigar as árvores! As folhas a rodopiarem no chão! Ah, mas hoje temos música? Não acredito!! Oh! Vivaldi! Diz-me que foste tu que pediste esta música para me animar? Oh meu amor! Sim, eu sei o nome da música! Calma, vou lembrar-me! Se fechar os olhos e ouvir bem estes violinos… Oh claro! Four Seasons! Mas tem tudo a ver! Se vieres à janela verás como o vento dança ao sabor desta música! E as folhas? Primeiro a rodopiar rápidas agora mais lentas! Oh! Tenho a certeza absoluta que foste tu que pediste música! Aposto em como a Madalena vai reclamar! Aposto! Ela deve odiar este tipo de música! Mas que odeie! Importa que nós gostamos. Vá, vamos ficar aqui na janela, até o tempo adora esta música. Tão suave agora! Fecha os olhos e sente! Maravilhoso! Sempre gostei de violinos! Até andei a aprender a tocar! Nunca fui muito longe. Os meus pais tinham esperanças que eu fosse alguém na música. Nem sei bem porque é que desisti. Mas não importa…
Com esta música só me apetecia estar em casa contigo. No nosso sofá. Já estivemos assim tantas vezes. Deitados, a namorar, numa troca de beijos, de caricias. Numa troca de amor! Oh, Frederico como te amo! Mas estás tão distante! Vá, acaba lá de ler o teu livro. Eu vou ficar aqui a ouvir a música suave. Só me apetece rodopiar ao som destes violinos. Mas tenho que evitar! Se a Madalena me apanha! Vá, não te rias! Estou a falar a sério. Podíamos rodopiar os dois! Numa dança como tantas vezes o fizemos! Olha, lá fora, na chuva! Era maravilhoso! Já vais embora? Eu compreendo, vai lá. Vou ficar aqui a ver-te. Sim, claro que te aceno! Voltas logo, não voltas? Logo a Madalena não estará por cá! Também te amo. Ah deixa a música a tocar! Sempre posso imaginar que estou lá fora a rodopiar.

Vá lá! Vamos até lá fora! O tempo já aqueceu! Tenho a certeza que posso fazer uma pausa de dez minutos! Bebemos um cafezinho! Vá lá! Anda! Já há pássaros! E aquelas flores? Já as viste bem? E se apanhássemos umas margaridas? Podia deixá-las aqui junto a mim! Assim, sempre que estivesses ausente, lembrar-me-ia de ti! Vá lá Frederico, vamos! Está bem, quando me olhas assim derretes-me! Eu espero! Mas já é Primavera! Sabes o que me apetecia fazer? Correr descalça por aquela maravilhosa relva! Está bem, eu espero mais uns dias! Tens razão. Amo-te!


“-Boa tarde Frederico? Como está?” – Olhou-o com pena. Há quanto tempo é que estavam naquela situação? Quatro estações! Um ano! “-Um novo livro?”
“-Sim!” – Suspirou. “-A Fátima sempre gostou de ler!” – Esboçou um sorriso triste. “-Como é que ela está hoje?” – Segurou a mão de Fátima.
“-Gostava imenso de lhe dar uma notícia diferente da de ontem! Mas infelizmente não posso mentir! Está igual! Há situações de doentes que ficam em coma anos e depois…” – Ficou em silêncio enquanto o via a carregar no botão do leitor de CD’s. “-Vejo que seguiu a minha recomendação e trouxe música!”
Frederico sorriu. “-Ela toca muito bem violino. E esta peça de Vivaldi é uma das suas preferidas! Chama-se Four Seasons.” – Olhou para a doutora Madalena. “-Precisamente o mesmo tempo em que ela está presa a esta cama. Quatro estações!” – Tinha os olhos marejados de água. “-Há esperanças?”
A doutora rabiscou algo na ficha de Fátima. “-É Primavera! É tempo de esperanças! De renovações! Não perca esse amor que lhe tem! Porque tenho a certeza que é isso que a agarra à vida!”

Frederico ajeitou o livro na mesinha de cabeceira. Acariciou a mão de Fátima, ajeitou-lhe o cabelo como fazia tantas e tantas vezes, beijou-a na testa e sorriu.

Vá lá Frederico! Vamos até lá fora! Não perguntes à Madalena se posso! Ela vai dizer-te que não! Vá! Vamos dançar ao som desta Primavera! Mas já vais embora? Fica mais um pouco. Dança comigo! Pronto está bem, eu deixo-te ler sossegado. Mas depois promete-me que vamos correr descalços pela relva!
Amo-te! 

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Pensamento do dia :)

14.09.23, Marta Velha

 

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Paixão Alucinante! :)

13.09.23, Marta Velha

 

 

Do livro 'Paixão Aluxinante'

Calou-se repentinamente e começou a preparar o lanche. O que tinha para dizer às suas netas tinha que ser dito com calma, para se fazer entender. As gémeas olhavam para a sua calma aparente.

A avó Mila tinha oitenta e seis anos, era viúva quase há vinte. O cabelo louro acastanhado era pintado todas as semanas. Apesar de andar sempre de chapéu parecia que nem uma mecha lhe saía do sítio. As rugas no rosto tinham sempre histórias para contar. Histórias que deliciavam mais a Lara que a Raquel. A idade cronológica era muito diferente da idade que avó sentia ter. Fisicamente parecia muito mais nova, com muita energia e sempre bem disposta. Adorava passar horas no jardim ou na pequena horta nas traseiras da casa. Tratava deles como ninguém e sentia-se feliz por isso. Tinha alguns animais de estimação que lhe serviam por companhia sendo o cão Joli um deles.
Quando o bule começou a apitar trouxe-o para a mesa. Dispôs as chávenas e respirou fundo.
 
...
 
-Há muito que não me vinham visitar. E ainda tive que ser eu a ligar-vos. – Fez uma pausa olhando para Lara.
-Sabes, sonhei que irias pintar o cabelo! Quando te vi fiquei mais feliz na alma. Com uma calma que me fez perder todos os receios que tinha. Pode concretizar-se. – Sussurrou esta última parte da frase. -Sonhei que a mudança no visual te traria uma mudança na vida pessoal. Sonhei que encontrarias um homem…
-Oh vó, por favor!! Não quero pensar nisso! – Disse Lara num tom a roçar a tristeza. -Estou muito bem assim, sou feliz e tenho menos preocupações estando só.
-Estás a sofrer por amor! Um amor impossível! Aliás, acho que já nem é amor. Já foi!! Mas tudo mudou. Sofres por não o teres. Sente-se… sinto que andas infeliz. Mas tudo vai mudar. – E sorriu.
-Vó-ó!!
-Facilmente esse amor irá desvanecer por causa deste homem que vai aparecer na tua vida. – Olhou para Lara que estava com a chávena na mão e com as lágrimas quase a rebentar nos olhos. -Mas ele tem uma mulher na vida dele. Uma relação muito forte…
-Ah outro amor impossível!! Vó, esqueça… Se tem uma relação não me acredito nisso!! E nem quero…para mim já chega!!
-Será amor verdadeiro, minha gotinha! Quando te aperceberes amarás muito! Para a vida… – E deu um beijo à neta.
 
 

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Pensamento do dia :)

13.09.23, Marta Velha

Pensamento do dia! 

 

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Paixão Alucinante! :)

12.09.23, Marta Velha

Do livro 'Paixão Alucinante':

Guilherme esperou que a sua colega saísse. -Carmen peço imensa desculpa! Jamais quereria que isto acontecesse, mas…
-Mas a Raquel é impulsiva e explode logo. Conheço-a bem! Mas eu avisei-te. Evita-a.
-Sabe bem que não posso! – E sorriu.
Raquel correu até à secretária. -Anormal do caraças!! – Continuava furiosa enquanto esfregava as calças com um pano húmido.
-Raquel pára!! Ele nem teve culpa! Tu é que estás insuportável! Por isso pára!! – Lara não gostava que a irmã fosse tão intempestiva, incomodava-a ver a maneira como ela tratava as pessoas.
Raquel sentou-se e escondeu a cara com as mãos. Respirou fundo. Tudo a irritava nos últimos dias.
-É o Abel! Discutimos! Ele anda ausente, recebe telefonemas e afasta-se. Tem feito despesas exorbitantes! Passa a vida na net! Mudou de visual…
-Eu não acredito! – Lara estava espantada.
-É…deve ter outra! – Fungou.
-Raquel, minha parva! Andas a ler ‘Sexutility’ a mais!! O Abel está para ti como o Pápa está para Deus! Tem que haver outra explicação!!
 
...
 
A casa da avó das gémeas não ficava muito longe da redacção onde trabalhavam. Era uma casa térrea já com mais de cinquenta anos. Era branca, tinha duas portas viradas para a rua e de um dos lados havia um muro que guardava o jardim da casa.
Quando a avó lhes abriu a porta trazia um chapéu de palha na cabeça e um avental azul e branco aos quadradinhos, umas botas de borracha e umas luvas.
-Minhas gotinhas de água! Entrem! – Brindou as netas com um sorriso.
As gémeas entraram e pousaram a caixa de bolos que traziam sobre a mesa da marquise. Estava tudo tal como sempre conheceram. A tijoleira do chão era castanha. Havia três grandes janelas que faziam entrar os raios do sol. Junto a uma das janelas havia alguns vasos com flores. A avó Mila adorava flores. A mesa era redonda de uma madeira envelhecida pelo tempo. Quatro cadeiras e um sofá faziam parte da decoração restante. Notaram que a mesma estava cheia de fotos suas de quando eram crianças.
-Andava no jardim, só ervas daninhas! E o Joli partiu-me um vaso. Um trabalhão que tive! Vou refrescar-me. Estejam à vontade que não demoro. – E saiu pelo longo corredor.
 

 

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Pensamento do dia :)

12.09.23, Marta Velha

Pensamento do dia! 

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Pensamento do dia :)

08.09.23, Marta Velha

Pensamento do dia! 

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