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Cláudia olhou para o seu velho carro. Tinha mais de vinte anos e estava com ela desde que Nonô nasceu. Na altura tinha sido uma pechincha e uma necessidade, mas agora a sua pechincha estava a dar problemas, muitos problemas. Desta vez começou a deitar fumo pelo capô. E estava ali parado à sua porta quase há três dias.

— O popó ‘tá doente? — Nonô imitava os gestos da mãe a olhar para o carro.

Cláudia não pôde deixar de sorrir. — Sim querida, está doente!

— E não bai ao dotôr? Já tirastes a febe?

Cláudia deu uma gargalhada, pegou na menina ao colo e esfregou o seu nariz no dela. — Oh, meu amor! A mamã já tirou a febre, e o doutor está quase, quase a chegar!

— Acho que é a gaganta!

— Também acho!! — Apesar de tudo conseguiu esboçar um sorriso.