Vá cachopa, corre! Corre que se faz tarde!
09.04.20, Marta Velha
‘-O relógio não perdoa!’ – Tantas e tantas vezes que a minha avó repete esta frase! Seguida de um ‘-Anda lá cachopa que se faz tarde!’ Aqui, com medo de me agarrar ao corrimão lembro-me dela e temo! Temo por ela e por todos aqueles que têm a mesma idade! Tenho medo desta viagem que se aproxima. Será longa... Mas a luta valerá a pena. Ah, se eu pudesse dar-lhe aquele abraço apertadinho, se eu pudesse dar-lhe um beijo ternurento nas suas bochechas enrugadas pelo tempo. Olh (...)